segunda-feira, 13 de maio de 2013


FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE OLIVEIRA

INFORMÁTICA APLICADA À EDUCAÇÃO

FERNANDA CRISTINA DE BRITO MACHADO

LAURA JOSIANE RESENDE

LUCIANA BOAVENTURA DOS SANTOS

 

Data: 30/04/2013

Justificativa: Pelo fato de não ter computador disponível para todas as alunas do curso de Pedagogia, 3º Período, fizemos o trabalho em trio.

 

1)  Escola Municipal “ILUMINAR”

Os alunos que frequentam a Escola Iluminar traz consigo conhecimentos prévios que são valorizados e identificados pelo professor, além de serem indivíduos ativos no processo ensino-aprendizagem, abrangendo assim sua espacialidade. Estes alunos são seres transformadores e geradores de opiniões críticas e/ou construtivas. Eles zelam seus estudos, no cuidado com o patrimônio público escolar, na vivência com seus amigos, no respeito com os docentes e gestores e na seriedade do seu desempenho final.

Os professores são felizes e realizados na sua prática docente. São comprometidos e capacitados para mediar o conhecimento no âmbito escolar, além de estarem conectados com a tecnologia. Eles buscam novas metodologias e técnicas pedagógicas para deixarem suas aulas mais dinâmicas, descontraídas, prazerosas e objetivas.

            O ambiente familiar se torna algo fundamental na relação do aluno com a escola. É necessário que os pais estejam presentes, acompanhem de perto o desenvolvimento escolar do seu filho. Outro fator indispensável é que se importe com o dia a dia no ambiente escolar, que prezem pela qualidade do aprendizado e que interajam na vida do mesmo. Que participem das reuniões escolares e que visitem a escola, tornando-a uma parte de seu lar.

            A Escola Iluminar possui uma gestão visionária, que pensa no futuro de seus alunos e que desenvolve um trabalho cooperativo. Realiza investimentos necessários, favorecendo a qualidade do ensino, através de recursos tecnológicos e pedagógicos.

Contamos com um governo que entenda a Educação como um compromisso na formação dos cidadãos, cientes de seus deveres e direitos, considerando a valorização da cultura como algo englobado e parte do âmbito escolar. A junção de um governo e uma gestão sintonizados muito contribui no meio educacional.

Espaço Físico

A Escola Municipal Iluminar conta com um espaço físico amplo e adaptado, adequado dentro dos parâmetros exigidos para facilitar as atividades escolares, atendendo a diversidade da clientela.

As salas são redondas, visando uma interação entre os alunos e professores.

Os banheiros seguem as adaptações dos alunos, como: Educação Infantil: sanitários e lavatórios pequenos; Ensino Fundamental: sanitários e lavatórios em tamanhos normais e para possíveis casos de alunos deficientes banheiro que facilitam o uso.

Laboratório de informática completo, com número de computadores que atendam a demanda de alunos. Todos eles com acesso a internet e teclados disponíveis que são adaptados para deficientes.

Biblioteca – além de possuir coleções completas da literatura infantil, contamos também com bibliografias famosas e diversificadas. Também ficam disponíveis livros de pesquisa, revistas, dicionários. Enfim tudo que for necessário para o incentivo da prática da leitura.

Sala AEE (Atendimento Educacioal Especializado) contamos com o apoio de profissionais especializados em psicopedagogia, atendo a todas as necessidades e dificuldades que possam existir no processo de ensino-aprendizagem.

Quadras – são amplas, cobertas e de fácil acesso, em que os alunos desenvolvem atividades físicas que explorem também a psicomotricidade.

 

Enfim, a Escola Municipal “ILUMINAR”, vem contribuindo com a educação da cidade de Oliveira. Unindo forças para que o processo educacional seja reconstruído em dinamismo e interação família e escola.

 

FAÇA JÁ A SUA MATRÍCULA!!!

 Gestoras: Fernanda Cristina de Brito Machado

Laura Josiane Resende

Luciana Boaventura dos Santos
 
 

 

 

 

sexta-feira, 26 de abril de 2013


    26/04/13

Nome: Laura Josiane Resende; 3º período Pedagogia                              

JOGOS DIGITAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

Jogo de Português

Jogos dos Bichos

Objetivo: O objetivo deste jogo é para que as crianças coloquem as letras que estão                  desordenadas no lugar certo, utilizando o mouse. São nomes de diversos animais, sendo que dessa forma os alunos se interessam mais por já conhecerem o que está em seu cotidiano.

Qual o retorno da criança?

A criança começa a silabação, que contribui para a formação de palavras, elas devem unir as letras de forma correta, isso desperta para a atenção de como se forma palavras, como por exemplo,  a junção de duas letras , resultam em um som, resultando na palavra.


 

Jogo de Matemática

Jogo de Polígonos

Objetivo: O Objetivo, é incentivar a criança a achar polígonos em variadas imagens, como a bandeira de Minas Gerais, num casco de uma tartaruga, por exemplo. No final do jogo aparecem explicações sobre polígonos e não polígonos,  contribuindo para que a próxima fase do jogo possa ser concluída.

Qual retorno da criança?

A criança passa a conhecer o que são polígonos e não polígonos e passa a observar que essas formas geométricas estão por toda parte, elas também começam observar que são vários lados. Conhecer formas geométricas ajuda no desenvolvimento da criança, pois a partir dessas formas elas adquirem  mais firmeza com a coordenação motora , ajudando na alfabetização, pois as letras necessitam de retas, círculos etc.


 

 

 

 

 

 

 

Jogo de Ciências

Animais Marinhos

Objetivo: O objetivo deste jogo é associar os nomes dos animais marinhos com suas respectivas imagens.

Qual o retorno da criança?

A criança começa a se interessar pelos animais, passa a conhecer diferentes animais de diferentes espécies, com isso mais tarde o docente terá mais facilidade em dar explicações sobre o fundo do mar. Além de conhecer o nome de cada um e como se dá a ortografia.

 


 

Jogos de Geografia

Capitais do Brasil

Objetivo: O objetivo do jogo é identificar quais são as capitais dos estados, contando com a resposta correta logo após.

Qual o retorno da Criança?

Conhecer os estados e suas capitais é de suma importância, pois é necessário que o conteúdo de Geografia parta  do local para o global e conhecer o que há no Brasil, é também conhecer sua cultura. A localização no planeta Terra  também é de grande importância, se situar mostra o aluno que há muito mais do aquilo que ele está acostumado a ver.


 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Plano de Aula




O plano de aula é essencial em diferentes setores da vida social, tornando-se imprescindível na atividade docente, sendo de fundamental importância para que se atinja êxito no processo de ensino-aprendizagem. A sua ausência pode ter como consequência, aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando o desinteresse dos alunos pelo conteúdo e tornando as aulas desestimulantes.
 
Os professores se sentem incapazes, frustados e sem inspiração para transmitir aos alunos aulas dinâmicas e diferenciadas. Quando nossos sonhos são limitados a esperança de que poderia haver uma transformação é interrompida. 

Portanto, o bom planejamento das aulas aliado à utilização de novas metodologias (filmes, mapas, poesias, músicas, computador, jogos, aulas práticas, atividades dinâmicas, etc.) contribui para a realização de aulas satisfatórias em que os estudantes e professores se sintam estimulados, tornando o conteúdo mais agradável com vistas a facilitar a compreensão
 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Educação

"As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor.
Aprendemos palavras para melhorar os olhos."

"Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem...
O ato de ver não é coisa natural.
Precisa ser aprendido!"
Rubem Alves

terça-feira, 2 de abril de 2013

Tecnologia e educação: o que pode ser solução para quem ensina?


Tecnologia e educação: o que pode ser solução para quem ensina?


Para a educação, principalmente a brasileira, as notícias dos últimos anos são as esperadas, porém as que nos preocupam mais: o nível de analfabetismo diminui, mas criam os alfabetos funcionais – sabem ler e escrever mal para poderem participar da vida civil com maior dignidade – que não conseguem conciliar o ensino recebido à vida em volta do mundo. O processo infantil mudou muito em pouco mais de 10 anos e os educadores – professores e pais – ainda não perceberam que, para criar o futuro adulto, é preciso usar as tecnologias que nos levarão ao futuro.

Já estamos na sétima geração de vídeo games do mundo todo, onde Wii, Xbox, Playstation, entre outros fazem o maior sucesso entre os marmanjos de 30 anos e as crianças de 05. E a educação, onde fica? A tecnologia contribui com a maior inteligência de nossas futuras gerações, mas também com a maior deficiência na educação. Jogos eletrônicos estão ajudando crianças e adolescentes a aprenderem a prestar atenção em vários detalhes ao mesmo tempo. A internet aumenta o conhecimento destes pequenos curiosos, que começam a entender o que devem e o que não devem entender em sua idade.

Quem sabe como ensinar as crianças a utilizarem estas informações com maior segurança à sua educação? Os pais? Sim, os pais são importantíssimos para a educação dos pequenos e essenciais para a formação cultural, psicológica, caráter básico para a boa convivência em sociedade, etc. Mas os mais importantes, que mostram quais as ferramentas certas e como estas devem ser utilizadas são nossos professores, que estudam exatamente para conhecer estas ferramentas e proporcionar um maior entendimento do uso delas para a vida. E aí fica a pergunta no ar: será que os professores estão preparados para conciliar educação e a tecnologia que tanto encantam as crianças?

Procurei vários tópicos na internet sobre professores, tecnologia e vídeo games. O resultado não foi ruim, mas não foi nada satisfatório. A tentativa existe, mas ainda não atrai a atenção de todas as crianças. Programas educativos na televisão, sites educativos, softwares educativos, programas de desenvolvimento etc, foram avaliadas pela doutora Maria Elizabeth de Almeida, especialista em educação pela PUC-SP, como mal utilizados em salas de aulas. As tentativas são boas, mas ainda não atraem as crianças. Não sei quanto isto ajudaria, mas aprendi com a faculdade que tudo pode ser entendido através da prática. Pode ser uma boa solução, mesmo que temporária, fazer planos de aula correlacionando o vídeo game, a TV, o rádio, com a matéria.

Procurei informações sobre cursos, palestras ou workshop sobre algo que se relacione, que possa auxiliar os professores, principalmente da rede pública, sobre o uso da tecnologia como base para as aulas a serem dadas. Infelizmente não achei nada – quem souber de algo, coloque a dica aqui – e acredito que é isto que falta para a Educação Brasileira: um treinamento adequado para professores sempre acompanharem seus alunos a cada geração passada. 

( Publicado por Andrea Fu )

A Escola como uma janela de oportunidades *


sexta-feira, 8 de março de 2013

INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO

                                    INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO


O uso do Computador na Educação:
a Informática Educativa
por Sinara Socorro Duarte Rocha
Nos dias de hoje, tornou-se trivial o comentário de que a tecnologia está presente em todos os lugares, o que certamente seria um exagero. Entretanto, não se pode negar que a informática, de forma mais ou menos agressiva, tem intensificado a sua presença em nossas vidas. Gradualmente, o computador vai tornando-se um aparelho corriqueiro em nosso meio social. Paulatinamente, todas as áreas vão fazendo uso deste instrumento e fatalmente todos terão de aprender a conviver com essas máquinas na vida pessoal assim como também na vida profissional.
Na educação não seria diferente. A manipulação dos computadores, tratamento, armazenamento e processamento dos dados estão relacionados com a idéia de informática. O termo informática vem da aglutinação dos vocábulos informação + automática. Buscando um sentido léxico, pode-se dizer que Informática é: “conjunto de conhecimentos e técnicas ligadas ao tratamento racional e automático de informação (armazenamento, análise, organização e transmissão), o qual se encontra associado à utilização de computadores e respectivos programas.” (LUFT, 2006:365).
Almeida (2000: 79), estudioso do assunto, refere-se ao computador como “uma máquina que possibilita testar idéias ou hipóteses, que levam à criação de um mundo abstrato e simbólico, ao mesmo tempo em que permite introduzir diferentes formas de atuação e interação entre as pessoas.” Sendo, por conseguinte, um equipamento que assume cada vez mais diversas funções. Como ferramenta de trabalho, contribui de forma significativa para uma elevação da produtividade, diminuição de custos e uma otimização da qualidade dos produtos e serviços. Já como ferramenta de entretenimento as suas possibilidades são quase infinitas.
Através da Internet, é possível ignorar o espaço físico, conhecer e conversar com pessoas sem sair de casa, digitar textos com imagens em movimento (gifs), inserir sons, ver fotos, desenhos, ao mesmo tempo em que podemos ouvir música, assistir vídeos, fazer compras, estreitar relacionamentos em comunidades virtuais, participar de bate-papos (chats), consultar o extrato bancário, pagar contas, ler as últimas notícias em tempo real, enfim, trabalho e lazer se confundem no cyberespaço.
Embora seja um instrumento fabuloso devido a sua grande capacidade de armazenamento de dados e a facilidade na sua manipulação não se pode esquecer que este equipamento não foi desenvolvido com fins pedagógicos, e por isso é importante que se lance sobre o mesmo um olhar crítico e se busque, face às teorias e práticas pedagógicas, o bom uso desse recurso. O mesmo só será uma excelente ferramenta, se houver a consciência de que possibilitará mais rapidamente o acesso ao conhecimento e não, somente, utilizado como uma máquina de escrever, de entretenimento, de armazenagem de dados. Urge usá-lo como tecnologia a favor de uma educação mais dinâmica, como auxiliadora de professores e alunos, para uma aprendizagem mais consistente, não perdendo de vista que o computador deve ter um uso adequado e significativo, pois Informática Educativa nada tem a ver com aulas de computação.
Valente (1993: 16) esclarece que “na educação de forma geral, a informática tem sido utilizada tanto para ensinar sobre computação, o chamado computer literacy, como para ensinar praticamente qualquer assunto por intermédio do computador”. Assim, diversas escolas têm introduzido em seu currículo escolar, o ensino da informática com o pretexto da modernidade. Cada vez mais escolas, principalmente as particulares, têm investido em salas de informática, onde geralmente os alunos freqüentam uma vez por semana, acompanhados de um monitor ou na melhor hipótese, de um estagiário de um curso superior ligado à área, proficiente no ensino tecnicista de computação.
Deste modo, ao invés de aprender a utilizar este novo aparato tecnológico em prol de aprendizagem significativa e do acesso universal ao conhecimento, os alunos eram e ainda são “adestrados” no uso da mais nova tecnologia computacional, em aulas descontextualizadas, sem nenhum vínculo com as demais disciplinas e sem nenhuma concepção pedagógica.
Na mesma linha de raciocínio, proliferam em todo país, escolas especializadas no ensino de Informática, na qual o uso da máquina é o principal objeto de estudo, ou seja, o aluno adquire conceitos computacionais, como princípios de funcionamento do computador, noções de hardware e software, além de usos sociais da Tecnologia de Informação e Comunicação – TICs. Entretanto, a maior parte dos cursos oferecidos nessa modalidade podem ser caracterizados como tecnicistas, ou seja, de conscientização do estudante para o uso da informática enquanto técnica, habilitando-o somente para utilizar o equipamento, em nome de uma pseudo-educação profissional que visa somente a formação tecnológica, em detrimento da educação cidadã.
A maioria dos docentes destes cursos, sequer tem formação universitária em Centros de Educação, são inexperientes, tem pouco conhecimento de didática e das teorias pedagógicas, enfim, acabam trazendo para sala de aula, o improviso e as práticas de ensino mecanicistas e repetitivas de cunho tradicionalista sem qualquer preocupação com o desenvolvimento cognitivo de seus alunos. Essa visão de informática pouco altera a realidade educacional, já que traz em seu bojo, um laboratório pouco dinâmico, “engessado” em apostilas estáticas cujas atualizações, quando ocorrem, desvirtuam a verdadeira função social da escola, pois, impossibilitam a construção do conhecimento e a troca de saberes.
A esse respeito, comenta Valente (2003:06) “isto tem contribuído para tornar esta modalidade de utilização do computador extremamente nebulosa, facilitando sua utilização como chamarisco mercadológico”. Certamente esse não é o enfoque da Informática Educativa e, por conseguinte, não é a maneira como a tecnologia deve ser usada no ambiente escolar.
A Informática Educativa se caracteriza pelo uso da informática como suporte ao professor, como um instrumento a mais em sua sala de aula, no qual o professor possa utilizar esses recursos colocados a sua disposição. Nesse nível, o computador é explorado pelo professor especialista em sua potencialidade e capacidade, tornando possível simular, praticar ou vivenciar situações, podendo até sugerir conjecturas abstratas, fundamentais a compreensão de um conhecimento ou modelo de conhecimento que se está construindo. (BORGES, 1999: 136).
A Informática Educativa privilegia a utilização do computador como a ferramenta pedagógica que auxilia no processo de construção do conhecimento. Neste momento, o computador é um meio e não um fim, devendo ser usado considerando o desenvolvimento dos componentes curriculares. Nesse sentido, o computador transforma-se em um poderoso recurso de suporte à aprendizagem, com inúmeras possibilidades pedagógicas, desde que haja uma reformulação no currículo, que se crie novos modelos metodológicos e didáticos, e principalmente que se repense qual o verdadeiro significado da aprendizagem, para que o computador não se torne mais um adereço travestido de modernidade.
Aliás, esta é a principal preocupação dos pesquisadores: se a inserção da informática no âmbito escolar de fato traga inovações com benefícios a todos os envolvidos ou se o computador é apenas mais um modismo passageiro, como ocorreu com o Telensino. O Telensino foi uma modalidade de ensino, uma experiência de utilização da tecnologia, em particular da televisão em sala de aula que se iniciou em 1974, mas foi na década de 90 implementada em todo o Estado do Ceará, atingindo cerca de 300.000 alunos. Esta proposta permitiu ampliar o número de matriculas e universalizar o ensino fundamental principalmente em regiões interioranas do Estado. As escolas foram bem equipadas e os professores foram treinados a se tornarem orientadores de aprendizagem, contudo a falta de assistência técnica, de objetivos claros, de uma metodologia apropriada à realidade local, a falta de material didático (faltavam desde manuais de ensino, fitas cassetes com as aulas, energia elétrica) sem contar o fato do mesmo ter sido implementado de forma unilateral, sem uma reflexão conjunta com professores e alunos, tornou o Telensino uma tentativa fracassada de inserção da tecnologia de informação na sala de aula.
Borges Neto (1999) ao analisar o fenômeno brasileiro de informatização escolar percebeu que a falta de planejamento era a tônica reinante. Segundo o autor, este processo ocorria de forma segmentada, descontextualizada e nuclear, ou seja, adapta-se uma sala para receber os computadores, a famosa sala de informática, contratava-se um especialista (geralmente indicado por um órgão desvinculado da prática educativa), fazia-se um marketing junto à comunidade escolar, e, enfim, reordenava-se a grade curricular para acomodar as aulas de informática. Enquanto que para o professor de sala de aula (polivalente ou hora-aula), tal processo ocorria desapercebidamente, pois continuava dentro da sua triste realidade, turmas superlotadas, alunos desmotivados, falta de material didático, tendo como únicas ferramentas tecnológicas: o quadro negro, o giz, a voz e quando muito, o livro didático.
Segundo Valente (1993: 01) “para a implantação dos recursos tecnológicos de forma eficaz na educação são necessários quatro ingredientes básicos: o computador, o software educativo, o professor capacitado para usar o computador como meio educacional e o aluno”, sendo que nenhum se sobressai ao outro. O autor acentua que, “o computador não é mais o instrumento que ensina o aprendiz, mas a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo e, portanto, o aprendizado ocorre pelo fato de estar executando uma tarefa por intermédio do computador” (p.13).
Quando o próprio aluno cria, faz, age sobre o software, decidindo o que melhor solucionaria seu problema, torna-se um sujeito ativo de sua aprendizagem O computador ao ser manipulado pelo indivíduo permite a construção e reconstrução do conhecimento, tornando a aprendizagem uma descoberta.. Quando a informática é utilizada a serviço da educação emancipadora, o aluno ganha em qualidade de ensino e aprendizagem.
A mudança da função do computador como meio educacional acontece juntamente com um questionamento da função da escola e do papel do professor. A verdadeira função do aparato educacional não deve ser a de ensinar, mas sim a de criar condições de aprendizagem. Isso significa que o professor precisa deixar de ser o repassador de conhecimento – o computador pode fazer isso e o faz tão eficiente quanto professor – e passar a ser o criador de ambientes de aprendizagem e o facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno. (VALENTE, 1993: 06).
A chegada das tecnologias no ambiente escolar provoca uma mudança de paradigmas. A Informática Educativa nos oferece uma vastidão de recursos que, se bem aproveitados, nos dão suporte para o desenvolvimento de diversas atividades com os alunos. Todavia, a escola contemporânea continua muito arraigada ao padrão jesuítico, no qual o professor fala, o aluno escuta, o professor manda, o aluno obedece. A chegada da era digital coloca a figura do professor como um “mediador” de processos que são, estes sim, capitaneados pelo próprio sujeito aprendiz. Porém, para que isso ocorra de fato, é preciso que o professor não tenha “medo” da possibilidade de autonomia do aluno, pois muitos acreditam que com o computador em sala de aula, o professor perde o seu lugar.
Pelo contrário, as máquinas nunca substituirão o professor, desde que ele re-signifique seu papel e sua identidade a partir da utilização das novas abordagens pedagógicas que as tecnologias facilitam. A adoção das TICs em sala de aula traz para os educandos, muitos caminhos a percorrer e para isso é preciso a presença do professor, pois é ele quem vai dinamizar todo este novo processo de ensino-aprendizagem por intermédio dessa ferramenta, explorando-a ao máximo com criatividade, conseguindo o intuito maior da Informática Educativa: mudança, dinamização, envolvimento, por parte do aluno na aprendizagem. Entre as vantagens potenciais desta modalidade na escola, está o fato desta:
(…) a) ser ‘sinônimo’ de status social, visto que seu usuário, geralmente crianças e adolescentes, experimentam a inversão da relação de poder do conhecimento que consideram ser propriedade dos pais e professores, quando estes não dominam a Informática; b) possibilitar resposta imediata, o erro pode produzir resultados interessantes; c) não ter o erro como fracasso e sim, um elemento para exigir reflexão/busca de outro caminho. Além disso, o computador não é um instrumento autônomo, não faz nada sozinho, precisa de comandos para poder funcionar, desenvolvendo o poder de decisão, iniciativa e autonomia; d) Favorece a flexibilidade do pensamento; e) estimula o desenvolvimento do raciocínio lógico, pois diante de uma situação-problema é necessário que o aluno analise os dados apresentados, descubra o que deve ser feito, levante hipóteses, estabeleça estratégias, selecione dados para a solução, busque diferentes caminhos para seguir; f) Possibilita ainda o desenvolvimento do foco de atenção-concentração; g) favorece a expressão emocional, o prazer com o sucesso e é um espaço onde a criança/jovem pode demonstrar suas frustrações, raiva, projeta suas emoções na escolha de produção de textos ou desenhos. (FERREIRA, 2002:29)
A utilização da Informática Educativa pode juntar elementos da educação formal com outros da não formal, beneficiando tanto o aspecto prático dos meios não formais quanto a teoria mais generalizada presente nos meios acadêmicos. Por intermédio de sites na Internet, por exemplo, pode trazer para dentro da sala de aula, filmes ilustrando a vida de grandes vultos do passado, ou documentários detalhando as etapas no desenvolvimento de seres vivos, dentre outros.
A Internet possibilita um intercâmbio entre localidades distantes, gerando trocas de experiências e contato com pessoas de outros países. Essas “pontes” que hoje existem entre diferentes mundos representam o único meio de acesso para quem não vive perto dos grandes centros urbanos. Somente nas grandes cidades pode-se conviver diretamente com a informação, ou seja, uma fatia minoritária de pessoas tem acesso à educação de qualidade, pois tem acesso à universidade, bibliotecas, laboratórios, teatros, cinemas, museus, centros culturais etc. É necessário, deste modo, democratizar o acesso ao conhecimento, às tecnologias da informação e da comunicação, seja para a formação continuada dos professores, seja para o enriquecimento da atividade presencial de mestres e alunos.
A democratização do acesso a esses produtos tecnológicos é talvez o maior desafio para esta sociedade demandando esforços e mudanças nas esferas econômica e educacional. Para que todos possam ter informações e utilizar-se de modo confortável as novas tecnologias, é preciso um grande esforço político. Como as tecnologias estão permanentemente em mudança, a aprendizagem contínua é conseqüência natural do momento social e tecnológico que vivemos, a ponto de podermos chamar nossa sociedade de “sociedade de aprendizagem”. Todavia, a utilização de ferramentas computacionais em sala de aula, ainda parece ser um desafio para alguns professores que se sentem inseguros em conciliar os conteúdos acadêmicos com instrumentos e ambientes multimídia, os quais ainda não têm pleno domínio.
Certamente, o papel do professor está mudando, seu maior desafio é reaprender a aprender. Compreender que não é mais a única fonte de informação, o transmissor do conhecimento, aquele que ensina, mas aquele que faz aprender, tornando-se um mediador entre o conhecimento e a realidade, um especialista no processo de aprendizagem, em prol de uma educação que priorize não apenas o domínio dos conteúdos, mas o desenvolvimento de habilidades, competências, inteligências, atitudes e valores.
A utilização das TICs no ambiente escolar contribui para essa mudança de paradigmas, sobretudo, para o aumento da motivação em aprender, pois as ferramentas de informática exercem um fascínio em nossos alunos. Se a tecnologia for utilizada de forma adequada, tem muito a nos oferecer, a aprendizagem se tornará mais fácil e prazerosa, pois “as possibilidade de uso do computador como ferramenta educacional está crescendo e os limites dessa expansão são desconhecidos” (VALENTE, 1993: 01).
Compete ao professor e aluno explorarem ao máximo todos os recursos que a tecnologia nos apresenta, de forma a colaborar mais e mais com a aquisição de conhecimento. Ressalta-se ainda que o educando é antes de tudo, o fim, para quem se aplica o desenvolvimento das práticas educativas, levando-o a se inteirar e construir seu conhecimento, por intermédio da interatividade com o ambiente de aprendizado.
É papel da escola democratizar o acesso ao computador, promovendo a inclusão sócio-digital de nossos alunos. É preciso também que os dirigentes discutam e compreendam as possibilidades pedagógicas deste valioso recurso. Contudo, é preciso estar conscientes de que não é somente a introdução da tecnologia em sala de aula, que trará mudanças na aprendizagem dos alunos, o computador não é uma “panacéia” para todos os problemas educacionais.
As ferramentas computacionais, especialmente a Internet, podem ser um recurso rico em possibilidades que contribuam com a melhoria do nível de aprendizagem, desde que haja uma reformulação no currículo, que se crie novos modelos metodológicos, que se repense qual o significado da aprendizagem. Uma aprendizagem onde haja espaço para que se promova a construção do conhecimento. Conhecimento, não como algo que se recebe, mas concebido como relação, ou produto da relação entre o sujeito e seu conhecimento. Onde esse sujeito descobre, constrói e modifica, de forma criativa seu próprio conhecimento.
O grande desafio da atualidade consiste em trazer essa nova realidade para dentro da sala de aula, o que implica mudar, de maneira significativa, o processo educacional como um todo.
Referências

ALMEIDA, M E de. Informática e formação de professores. Brasília: Ministério da Educação, 2000.
BORGES NETO, H. Uma classificação sobre a utilização do computador pela escola. Revista Educação em Debate, ano 21, v. 1, n. 27, p. 135-138, Fortaleza, 1999.
FERREIRA, A. L. D. Informática educativa na educação infantil: Riscos e Benefícios. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará-UFC, 2000. Monografia (Especialização em Informática Educativa)..
LUFT, C.P Dicionário Luft. São Paulo: Atica, 2006.
VALENTE, J. A. Computadores e conhecimento: repensando a educação. Campinas: UNICAMP. 1993